quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Certo dia, Bruno chega da escola e encontra Maria, a criada da casa, empacotando suas roupas e brinquedos. O menino não gosta de vê-la mexendo em seu armário, descobrindo coisas secretas que ele não mostrava pra ninguém, nem para seus melhores amigos. Mas este seria o primeiro de muitos acontecimentos que aborreceria Bruno.Cumprindo ordens do “Fúria” (“o homem que manda no país”), o pai de Bruno, um alto comandante do exército alemão, assume um trabalho importante em “Haja-Vista”. Poucos dias depois, a família inteira muda-se de Berlin para este lugar esquisito, no meio do nada, e cujo nome Bruno não consegue pronunciar corretamente.Em “Haja-Vista”, a vida parecia mais chata do que nunca. Não havia vizinhos, Bruno não ia mais à escola e nem tinha com quem brincar. Explorar aquele lugar inóspito passou a ser sua única diversão. Atrás da casa, havia uma enorme cerca, que se estendia por todo o horizonte, até onde Bruno não conseguia mais enxergar. Do lado de lá, o menino observou que viviam dois tipos de pessoas: os soldados e os que vestiam pijamas listrados.A cabeça do menino de 9 anos não consegue entender tamanho absurdo (e quem consegue?), e ele passa a fantasiar sobre como seria a vida do outro lado da cerca, onde todos podiam passar o dia inteiro de pijamas. Até que, em uma de suas explorações, Bruno encontra próximo à cerca um menino de pijama listrado. Shmuel parecia-se muito com Bruno, porém mais magro e profundamente triste.Nesta fantástica obra de John Boyne, o leitor vê o Holocausto sobre a ótica inocente, ingênua e intrigada das crianças. Uma história encantadoramente simples e comovente sobre as cercas que nos separam – e sobre as coisas vergonhosas que os adultos têm coragem de fazer.

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